Ainda hoje, um ciclone extratropical deve atingir parte do sul do estado gaúcho. A previsão é de chuvas de mais de 100 milímetros. Nas cidades de Pelotas, Rio Grande, Alegrete e São Borja também estão previstos temporais com ventos acima de até 70 km/h e chuva de granizo.
Na capital, com a volta das precipitações e o aumento de ventos, que podem ir até 80 km/h, o município alertou para o risco de descargas elétricas, o que torna perigosa a continuidade das operações de resgate.
As condições adversas forçaram a suspensão da movimentação de barcos que transportam as equipes de resgate para as áreas alagadas.
O Guaíba, um dos pontos críticos da região, registrou uma diminuição de 20 centímetros em seu nível desde a noite de terça-feira (7), chegando a 5,08 metros de altura às 11h00.
Apesar da redução, o nível das águas permanece acima da cota de inundação de 3 metros, o que evidencia a gravidade da situação.
Segundo informações do Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic), no último sábado (4) o lago atingiu a marca de 5,30 metros, indicando a persistência do problema das inundações na região.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), utilizou as redes sociais para alertar a população sobre a intensificação das chuvas na região ao longo do dia. "Isso dificulta o escoamento das águas […]. Há um índice muito forte de chuva para as próximas horas, e isso vai acelerar com a mudança do vento."
O mais recente boletim da Defesa Civil do RS manteve em 100 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. A atualização das 18h00 desta quarta ainda aponta que há outros dois óbitos em investigação.
O estado gaúcho registra 130 desaparecidos e 374 feridos. Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, 67,4 mil estão em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas na casa de familiares ou amigos).
Além disso, o RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de incidente ligado aos temporais, com 1,476 milhão de pessoas afetadas.