Desse valor, R$ 152 milhões vão diretamente para projetos do Rio Grande do Sul, que vive atualmente um momento de calamidade pública após chuvas torrenciais atingirem quase todo o estado. Cerca de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas e cerca de 163 mil estão desalojadas. De acordo com informações oficiais, o número de mortos subiu para 100, além de haver 128 desaparecidos.
A região, contudo, não é a única afetada por enchentes e deslizamentos. No início de março, o estado do Acre também sofreu com a maior enchente de sua história, que atingiu 120 mil pessoas e deixou 19 das 22 cidades em estado de emergência.
Os recursos do governo federal serão incluídos mais especificamente no PAC Seleções, vertente do programa que seleciona projetos enviados por prefeituras. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ministério da Integração tem sumiço de recursos
Segundo apontado por uma reportagem do UOL, dois terços da verba federal de 2023 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes, para combater enchentes foi destinada para Maceió (AL).
O estado de Alagoas enfrentou enchentes em 2022 e 2023. Maceió, que não viu enchentes ano passado, é terra natal do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e sofreu com alagamentos devido a fortes chuvas na última terça-feira (7).
A capital alagoana teria recebido R$ 52 milhões dos R$ 78,4 milhões alocados à pasta para projetos de prevenção de enchentes. Enquanto isso, nenhuma cidade do Rio Grande do Sul foi contemplada. Ainda assim, dos recursos milionários alocados pelo ministério a Alagoas em 2023, apenas R$ 3 milhões foram liquidados.
Neste ano estão planejados repasses no valor de R$ 219 milhões, informa a reportagem, mas até agora nada foi transferido.