"Acho que será difícil para o Ocidente se opor à Rússia, porque ela teve a continuidade [da União Soviética] no desenvolvimento da doutrina [militar] que lhe dá uma abordagem doutrinária sólida para a condução de conflitos. […] O Ocidente terá que se adaptar ao campo de batalha na Ucrânia de forma revolucionária", destacou ele.
De acordo com o ex-oficial de inteligência suíço, a doutrina militar russa difere da ocidental, pois foi capaz de preservar o legado dos oficiais soviéticos que se preparavam para uma guerra em larga escala na Europa. Em contraste com a Rússia, os países ocidentais tiveram de mudar radicalmente sua teoria militar e o pensamento dos comandantes para travar guerras com um adversário mais fraco no Oriente Médio, acrescentou.
As Forças Armadas da Rússia, segundo salientou o coronel, passaram por um processo evolutivo natural, apenas aperfeiçoando os sistemas já prontos para um conflito na Europa. Em particular, ele notou o desenvolvimento de sistemas de armas do Exército russo.
"Eles aperfeiçoaram suas armas, melhoraram a integração de armas no sistema. […] Agora, no Exército russo, você pode encontrar armas muito complexas e elaboradas em um raciocínio único", concluiu Baud.
Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron não excluiu a possibilidade de implantação de um contingente militar na Ucrânia se a Rússia romper a linha de frente, e se Kiev fizer tal pedido.