A medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "garante crédito subsidiado e aportes do governo federal para apoio às vítimas das enchentes e reconstrução do estado", pontuou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Nesta primeira fase, o governo federal vai priorizar o socorro a famílias, empresas e produtores rurais, e a estruturação emergencial de obras prioritárias. As medidas serão encaminhadas ao Congresso à tarde em forma de medida provisória.
Na próxima semana está previsto que o governo faça o anúncio de medidas voltadas especificamente ao estado e aos municípios gaúchos, entre elas medidas voltadas à dívida pública com a União, que está na casa dos R$ 90 bilhões.
Situação crítica
Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 cidades gaúchas, o que mostra a dimensão da maior tragédia climática já registrada no Rio Grande do Sul. E as previsões são pessimistas para a região.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há expectativa da chegada de um ciclone extratropical vindo da Argentina ao extremo sul do estado, o que deve causar chuvas com volumes acima de 100 milímetros. Além disso, as temperaturas vão baixar drasticamente, com registros de até 4 ºC nas áreas mais frias, como a Serra Gaúcha, uma das mais afetadas. Em Porto Alegre, capital do estado, a mínima deve ficar em 12 ºC.
Responsável por 3% da movimentação de passageiros no país, o aeroporto internacional Salgado Filho, na capital, está com as operações paralisadas desde o fim da última semana, e não há sequer previsão para a retomada das atividades no local. Os voos começaram a ser remanejados para terminais regionais.