No entanto, o vice-ministro afirmou que Rússia "ainda não estava mudando a sua própria doutrina nuclear", a qual permite o uso de armas nucleares em caso de ameaça existencial ao Estado.
"Neste momento, não há mudanças a este respeito. Mas a própria situação [global] está mudando, por isso a forma como os documentos básicos neste domínio se relaciona com as necessidades de garantir a nossa segurança é um assunto de análise constante. Alertamos aos nossos oponentes que a sua política de escalada coloca-nos certamente na posição de ter de tomar medidas que realmente signifiquem maior dissuasão, e exercícios para praticar o uso de armas nucleares não estratégicas fazem parte desse esforço", declarou Ryabkov.
Ao mesmo tempo, o diplomata sublinhou que os militares russos já estão envolvidos em um planejamento "preventivo preliminar" caso o país suspenda sua moratória sobre a implantação de mísseis de alcance médio e curto.
Quando questionado sobre se tais mísseis poderiam ser implantados, Ryabkov respondeu que isso depende da situação, acrescentando que a Rússia está "olhando para a Europa e a Ásia-Pacífico".
"Assim, também está em curso um planejamento próativo preliminar por parte de especialistas", disse o vice-ministro, acrescentando que Moscou "agirá de forma" a combater as ameaças dos Estados Unidos se a moratória for levantada, complementou Ryabkov.