Além disso, há vários desaparecidos em todo o país e a situação, conforme a entidade, é de grande emergência humanitária, segundo a AFP.
As enchentes provocaram um rastro de estragos, com ruas e casas destruídas. Vários pontos ficaram isolados por conta das águas e a província de Baghlan foi a mais afetada. "Com base nas informações atuais: na província de Baghlan há 311 vítimas mortais, 2.011 casas destruídas e 2.800 casas danificadas", disse à AFP Rana Deraz, oficial de comunicações da agência das Nações Unidas no Afeganistão.
O porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, informou no X que as chuvas "causaram ampla devastação em propriedades residenciais, resultado em perdas financeiras significativas".
O Afeganistão mobilizou a Força Área para apoiar a evacuação de moradores nas áreas críticas do país. "Minha casa e toda a minha vida foram varridas pela enchente", disse Jan Mohammad Din Mohammad à AFP. Veículos também foram levados pelas fortes correntezas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, prestou solidariedade às famílias atingidas e disse que a entidade vai atuar para amenizar os estragos no país. Além das chuvas, a região sofre com terremotos e desde abril as constantes inundações deixaram 100 mortos, tragédia que voltou a se repetir.
Mais de 80% dos 40 milhões de afegãos dependem da agricultura para sobreviver em um dos países mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas.