O comandante operacional estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela, Domingo Hernandez Larez, afirmou que Caracas construiu uma ponte temporária sobre o rio Cuyuni e que pretende construir escolas, universidades e centros médicos neste território.
"Engenheiros de defesa territorial cruzaram o rio Cuyuni no dia 10 de maio por uma ponte militar para trazer harmonia e progresso ao nosso território guianense de Essequibo", disse Larez em suas redes sociais.
A região de Essequibo, rica em petróleo e minerais, é há muito tempo objeto de disputa entre a Venezuela e a Guiana. A Venezuela conquistou a independência da Espanha em 1845, com Essequibo reconhecida como parte do seu território. No entanto, em 1899, o Reino Unido entrou com uma ação arbitral e ganhou a causa para reconhecer Essequibo como parte de sua então colônia caribenha, a Guiana Britânica. A Guiana independente citou a Sentença Arbitral de 1899 no seu processo da Corte Internacional de Justiça (CIJ) de 2018 contra a Venezuela para reafirmar a sua reivindicação de soberania sobre o território disputado.
Em dezembro de 2023, a Venezuela realizou um referendo em que quase 96% da população votou pela incorporação da região de Essequibo ao país. O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, disse que Georgetown estava considerando as ações de Caracas para incorporar Essequibo, que representa dois terços do território da Guiana, como uma ameaça à segurança nacional do país.