"A OTAN continua interessada em apoiar a Ucrânia de todas as maneiras possíveis. Mas na OTAN, onde as decisões são tomadas por consenso, neste momento não há planos ou vontade política para enviar tropas para o território da Ucrânia", disse ele durante seu discurso na cidade romena de Arad.
Segundo Geoana explicou em sua fala, o apoio do bloco visa evitar a escalada do conflito entre a OTAN e a Rússia.
"As recentes decisões sobre o treinamento de pilotos [ucranianos] e o fornecimento de caças F-16 estão relacionadas com a situação atual na Ucrânia, acho que não cruzamos as linhas vermelhas", acrescentou.
No final de fevereiro, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou ter discutido com os líderes de alguns países-membros da OTAN, incluindo a Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Polônia e Reino Unido, o possível envio de soldados para a Ucrânia, mas nenhum consenso foi alcançado.
Vários Estados-membros da Aliança Atlântica, entre os quais Alemanha, Bulgária, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Polônia, República Tcheca e outros, já se distanciaram de Macron e recusaram enviar os seus soldados para a Ucrânia.
Moscou indicou que alguns países do bloco ocidental avaliaram sensatamente o perigo potencial representado pelo plano de Paris.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que os países ocidentais que apoiam a Ucrânia estão se tornando parte do conflito e qualquer envio de armas para Kiev passará a ser alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
O Kremlin afirma que a política ocidental de inundar a Ucrânia com armas não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e só terá um efeito negativo.