Panorama internacional

Chefe da UNRWA denuncia como 'falsas e enganosas' declarações de Israel sobre 'zonas seguras'

Philippe Lazzarini se referiu à situação humanitária em Gaza como condições de vida terríveis. Na última semana, cerca de 150.000 pessoas fugiram de Rafah, cidade que é alvo de ofensiva israelense.
Sputnik
O chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês) rejeitou a alegação de Israel de ter criado zonas seguras em Gaza, classificando-as como "falsas e enganosas".
Philippe Lazzarini destacou a situação perigosa enfrentada pelos civis em meio a ataques implacáveis e a ausência de refúgios seguros em meio a ataques indiscriminados e fogo de artilharia.
"A alegação de 'zonas seguras' é falsa e enganosa. Nenhum lugar é seguro em Gaza. Ponto final", declarou Lazzarini.
Dezenas de milhares de palestinos foram obrigados a se mudar para uma área humanitária expandida em Al-Mawasi, marcada por condições de vida terríveis, de acordo com funcionários humanitários.
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"As autoridades israelenses continuam emitindo ordens de deslocamento forçado, também conhecidas como 'ordens de evacuação', forçando as pessoas em Rafah a fugir para qualquer lugar e em qualquer lugar", ao mesmo tempo que as operações militares israelenses continuam, disse o chefe da UNRWA.
Lazzarini destacou o movimento recorrente dos habitantes de Gaza em busca de segurança, com muitos obrigados a buscar abrigo nas instalações da UNRWA, que também foram alvo de ataques aéreos israelenses.
A agência da ONU relatou um êxodo significativo de Rafah, estimando que 150.000 pessoas fugiram na última semana, exacerbando uma situação humanitária já terrível.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel e rompeu a fronteira da Faixa de Gaza, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 sequestradas durante o ataque.
Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 35 mil pessoas foram mortas até agora por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais. Acredita-se que mais de 100 reféns ainda estejam detidos pelo Hamas em Gaza.
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