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Desastre no RS: 2 barragens permanecem com risco de ruptura; Guaíba volta a encher

Duas barragens continuam com risco iminente de ruptura, de acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (13).
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A Hidrelétrica Salto Forqueta, entre os municípios de São José do Herval e Putinga, e a barragem Santa Lúcia, em Jaguari, estão com o nível de emergência mais grave e "exigem a tomada de providências para preservar vidas", segundo a pasta. Na semana passada, havia cinco barragens em nível de emergência, mas o número recuou nos últimos dias.
A integridade das barragens é monitorada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul.
Em cinco barragens, o nível é de alerta, com as condições de segurança comprometidas: a Usina Hidrelétrica 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves; a Usina Hidrelétrica Dona Francisca, em Nova Palma; as barragens Capané, em Cachoeira do Sul, São Miguel, em Bento Gonçalves, e Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra. Nove barragens estão em estágio de atenção, sem comprometimento no curto prazo.
O nível de vários rios gaúchos voltou a subir no último fim de semana, com a retomada de chuvas intensas por todo o estado. Na serra gaúcha, o volume foi mais intenso, entre 200 e 320 milímetros. Há previsão de mais inundações nas regiões do Vale do Taquari e Vale do Caí.
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Rio Grande do Sul: nível do rio Guaíba volta a subir e deve ultrapassar 5 metros após chuvas
De acordo com o balanço mais recente da Defesa Civil, desde o fim de abril, quando começaram as fortes chuvas no estado, mais de 140 pessoas morreram e 130 estão desaparecidas.
O número de desalojados e desabrigados passa de 700 mil e quase 77 mil moradores do estado foram resgatados pelas equipes de emergência.

Nível do Guaíba continua a subir

O lago Guaíba ultrapassou 5 metros nesta segunda-feira (13), na capital gaúcha, e a tendência, segundo a prefeitura, é de continuar a subir nos próximos dias, podendo ultrapassar os 5,5 metros.
De acordo com o prefeito da capital, Sebastião Melo, as pessoas que tiveram as residências atingidas na semana passada ainda não devem voltar para casa.
Na última semana, o nível do lago atingiu 5,35 metros, deixando milhares de pessoas desabrigadas. Segundo ele, a prefeitura está preparada para alojar mais pessoas nos abrigos já existentes e em outros abrigos que serão disponibilizados.
A capital tem 23 estações de bombeamento, mas parte delas ficou danificada pelas inundações. Os equipamentos servem para permitir a drenagem das águas pluviais.
O prefeito estima que a limpeza da cidade após a inundação vai custar mais de R$ 100 milhões. Ainda segundo a prefeitura, quase 160 mil pessoas foram afetadas pelas cheias em Porto Alegre. Um total de 39,4 mil edificações foram atingidas e 1.081 quilômetros de vias públicas ficaram danificadas.
Os 152 abrigos cadastrados pela prefeitura serão isentos do pagamento de água até um mês após o término do acolhimento. Os moradores beneficiários da tarifa social serão isentos da conta de água por seis meses.
Durante a semana, a previsão do tempo é de uma massa de ar polar que deve afastar as nuvens de chuva do estado, o que também vai levar à diminuição das temperaturas. Nesta quarta-feira (15), os termômetros podem chegar a 8 °C.
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