A instalação em construção, na Fábrica de Munições do Exército McAlester (Mcaap, na sigla em inglês), de 181 quilômetros quadrados, aumentará significativamente a produção conforme necessário, disse a Força Aérea estadunidense em um comunicado, citado pela Bloomberg.
O GBU-57 Massive Ordnance Penetrator, conhecido como "a bomba destruidora de bunkers" — que só pode ser lançada de um bombardeiro B-2 —, é uma arma frequentemente mencionada em debates sobre um potencial ataque a instalações nucleares profundamente enterradas no Irã ou na Coreia do Norte, relembra a mídia.
O Exército descreveu a nova área de montagem das bombas na fábrica de Oklahoma como uma "instalação de última geração que tem a capacidade de apoiar a produção de ativos de 2.000 libras [947 quilos] a 30.000 libras [14 toneladas], bem como fornecer opções flexíveis de mistura explosiva necessárias para requisitos futuros".
A conclusão deverá ocorrer entre o final da primavera e o início do outono do Hemisfério Norte, com cerimônia de inauguração marcada para 30 de julho. Autoridades nas instalações disseram à Bloomberg em março que pretendem produzir de seis a oito bombas por mês, acima das duas fabricadas atualmente.
O Massive Ordnance Penetrator "é uma arma muito importante para o Comando Central dos EUA [CENTCOM], bem como para a Europa e a região do Indo-Pacífico", disse Frank McKenzie, general aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais que liderou o CENTCOM.
"Garante que possamos atingir instalações subterrâneas extremamente bem protegidas, onde quer que estejam localizadas", afirmou o militar, acrescentando que "contribui significativamente para a nossa capacidade de conseguir dissuasão contra nações como o Irã".
Além da sua tarefa discreta de montagem de destruidores de bunkers, a fábrica de Oklahoma desempenha um papel no fornecimento à Ucrânia de munições de 155 mm e armas de defesa aérea, diz a Bloomberg.
Embora nenhuma munição de artilharia seja produzida em McAlester, é um importante ponto de armazenamento, inspeção e remessa repleto de contêineres de carga e carregadores de munição.
As armas são transportadas ao longo de 322 quilômetros de linha férrea para pontos de trânsito aéreo ou marítimo poucos dias após uma autorização presidencial de retirada dos itens dos arsenais dos EUA.