De acordo com o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, Scott Ritter, o Exército da Ucrânia foi suplantado, esperando a presença de defesas robustas, incluindo defesa antitanque e campos minados.
Enquanto as tropas russas continuam avançando para o sul da área de Belgorod, Ritter observa que a situação expõe uma vulnerabilidade mais ampla dentro da estratégia de defesa ucraniana. "Os ucranianos estão agora em pânico, puxando forças de frentes críticas de outros lugares", explicou o analista americano. Esta realocação de tropas para o norte deixa outras áreas estratégicas, como Kherson e Odessa, potencialmente expostas a novos ataques russos.
"À medida que os russos avançam, eles descobrem que há muito pouca resistência efetiva por parte dos ucranianos. De fato, os ucranianos parecem ter sido pegos de surpresa por esse esforço ofensivo russo", frisou o ex-oficial de inteligência.
Ao mesmo tempo, os militares da Rússia parecem estar aproveitando a falta de reservas ucranianas, pressionando simultaneamente nas regiões de Zaporozhie e Donetsk, contribuindo para o que Ritter descreve como "o colapso da Ucrânia como uma força de combate coesa".
No meio desses desenvolvimentos no campo de batalha, a Rússia nomeou um novo ministro da Defesa, Andrei Belousov, uma decisão que provocou discussões e especulações tanto na Rússia quanto internacionalmente.
Entretanto, os apoiadores argumentam que sua perspicácia econômica é crucial para manter a eficiência e a integridade da expansão do setor de defesa.
"Este é exatamente o tipo de pessoa que a Rússia precisa", diz o especialista, afirmando que a nomeação estratégica visa fortalecer as capacidades militares da Rússia indiretamente através da estabilidade econômica e da redução da corrupção.
Enquanto isso, o general Valery Gerasimov continuará a supervisionar as operações militares, garantindo a continuidade na liderança. Segundo Ritter, essa combinação de liderança econômica e militar está longe de ser um sinal de fraqueza russa. "Ao trazer Andrei Belousov, estamos falando de Putin criando aço temperado", observou ele, sugerindo que o Ocidente pode subestimar o posicionamento estratégico da Rússia.