Em meio ao avanço russo em Carcóvia, Blinken afirmou, pela primeira vez, que "os EUA não incentivam a Ucrânia a atacar alvos dentro da Rússia com armas fornecidas pelos EUA, mas acreditam que é uma decisão que Kiev deveria tomar por si mesma", disse o secretário nesta quarta-feira (15), segundo o The Guardian.
De acordo com o secretário, Washington está focado em enviar sistemas de mísseis Patriot e outras formas de defesa aérea para a Ucrânia: "Estamos transportando munições, veículos blindados, mísseis e defesas aéreas para levá-los às linhas de frente", declarou.
Bliken também anunciou uma nova ajuda militar para Ucrânia no valor de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) e informou que o presidente Joe Biden poderá se reunir com seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky, nas próximas semanas.
Ao mesmo tempo, acrescentou que os EUA poderão assinar um acordo bilateral de segurança com Kiev em breve, afirmando que o "trabalho pesado do acordo já tinha sido feito", relata a mídia.
Há três semanas, o chanceler do Reino Unido, David Cameron, afirmou que Kiev estava livre para usar seus mísseis de longa distância contra a Rússia, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron voltou a reafirmar, no início desse mês, que não se pode descartar o envio de tropas da OTAN para Ucrânia.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a ajuda militar norte-americana não ajudaria a sobrevivência da liderança política do país, e que a visita do secretário mostra o "desespero" de Kiev no campo de batalha.
“É óbvio que a situação na frente e os fracassos militares das forças armadas ucranianas estão a causar alarme crescente na administração Biden. Nenhuma quantidade de armamento salvará do colapso o regime criminoso de Zelensky. Todo o equipamento militar fornecido à Ucrânia será destruído", afirmou.
Moscou já enviou uma nota aos países da OTAN na qual o Ministério das Relações Exteriores russo advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornará alvo legítimo para Forças Armadas russas. Sobre armas estrangeiras em território russo, o presidente Vladimir Putin já sinalizou que tal ação significa o cruzar de "uma linha vermelha" para Moscou.