Panorama internacional

Nenhum país europeu aguentaria a pressão de sanções aplicada à Rússia, diz especialista

Um académico russo disse ter conduzido com cientistas chineses uma simulação do que aconteceria se diferentes economias mundiais fossem alvo das mesmas restrições que a russa tem sido.
Sputnik
Nenhum país europeu suportaria a forte pressão de sanções exercida sobre a Rússia, avaliou Albert Bakhtizin, diretor do Instituto Central de Economia e Matemática da Academia de Ciências da Rússia.
"Recentemente, junto com nossos colegas chineses do Centro Nacional de Supercomputadores da China, realizamos um estudo, um teste de estresse das maiores economias do mundo do ponto de vista da pressão das sanções", disse ele à margem do 6º Fórum Acadêmico Internacional de Moscou, em declarações à Sputnik.
Segundo ele, foi decidido avaliar a estabilidade dos sistemas econômicos dos principais países do mundo e sua capacidade de resistir a sanções em larga escala de outros países e organizações internacionais. O cenário avaliou as perdas do PIB decorrentes da interrupção completa das relações comerciais com um país sancionado.
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"Os cálculos foram realizados em um modelo construído para mais de 100 países do mundo. Tendo em conta que as maiores organizações internacionais (FMI, OCDE, OMC e outras) preveem a continuação da fragmentação geoeconômica, os colegas da China consideram que é possível um bloqueio comercial e econômico de seu país. Além disso, provavelmente as tentativas de isolar a Rússia do mundo não vão parar", notou Bakhtizin.
Questionado sobre como as economias dos principais países do mundo reagiriam a essa pressão em grande escala, o académico respondeu que "Rússia, China, Índia, Indonésia e Estados Unidos sofreriam de forma insignificante ( 2 a 4% de redução do PIB )".
"Seu PIB cairia, mas não de maneira crítica. Mas para as economias dos países europeus, essa pressão seria crítica e, de acordo com os cálculos de nossos colegas, o PIB dos países da UE cairia na faixa de 8 a 12%", concluiu Bakhtizin.
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