"O Departamento de Defesa dos EUA e o Ministério da Defesa Nacional do Níger chegaram a um acordo de desligamento para efetuar a retirada das forças dos EUA, que já começou. Fica, portanto, acordado que este desligamento terminará o mais tardar em 15 de setembro de 2024", disse o departamento em uma declaração conjunta com o Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria do Níger.
A decisão foi tomada após uma reunião entre representantes dos ministérios da Defesa dos países na capital do Níger, Niamey, de 15 a 19 de maio.
As autoridades do Níger emitiram uma autorização para a passagem e pouso de aeronaves militares para simplificar o procedimento, dizia o comunicado.
No entanto, os Estados Unidos e o Níger continuam a desenvolver relações e a cooperar nas áreas de interesse comum, apesar de as forças norte-americanas estarem se retirando do país africano, afirmaram as partes no comunicado conjunto.
"A retirada das forças dos EUA do Níger não afeta a continuação das relações de desenvolvimento entre os EUA e o Níger. Os Estados Unidos e o Níger estão empenhados em um diálogo diplomático contínuo para definir o futuro das suas relações bilaterais."
Ambos os lados também "confirmaram as garantias de proteção e segurança às forças norte-americanas durante a sua retirada" e concordaram em "continuar a cooperação em áreas de interesse comum", acrescentaram.
A estimativa é que haja mais de 1,1 mil funcionários dos EUA no Níger. Washington e Niamey iniciaram recentemente discussões para a "retirada ordenada" dos militares dos EUA baseados no Níger.
O governo de transição do país, que assumiu o poder após um golpe de Estado em julho de 2023, rescindiu o acordo militar com os EUA com efeitos imediatos, citando os interesses do povo nigerino. Sua presença na faixa do Sahel, principalmente no aeródromo de Agadez, permitiu que os drones dos EUA decolassem e implantassem sua rede de vigilância até a Líbia.