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Área técnica do Cade dá parecer favorável ao pedido da Petrobras de manter controle de 5 refinarias

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que formalizou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) proposta para manter o controle de cinco refinarias e a Superintendência-Geral do conselho já deu parecer favorável ao pedido nesta tarde.
Sputnik
Se aprovado pelo órgão, a estatal petrolífera poderá suspender o compromisso de venda das refinarias Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, Gabriel Passos (Regap), em São Paulo, e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará.
Parte da política da empresa durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro, a venda das refinarias fazia parte um compromisso firmado que previa a privatização de subsidiárias como a BR Distribuidora e a Gaspetro, além de campos de petróleo.
Foram vendidas a Unidade de Industrialização de Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul (PR), e as refinarias em Manaus (Reman) e Landulpho Alves (Rlam), na Bahia.
De acordo com a Petrobras, não há indícios de que as vendas realizadas resultaram em ganhos competitivos, pois não houve redução de preços praticados ao consumidor final pelas refinarias vendidas. A empresa também alegou em seu pedido que houve dificuldades para encontrar potenciais compradores que atendessem aos critérios estabelecidos no TCC.
A estatal justificou que a mudança nos planos deve-se às transformações econômicas e geopolíticas no setor "que determinam maiores investimentos em refinarias nacionais para incrementar a capacidade de abastecimento do mercado interno".
Autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública responsável pela prevenção e repressão de infrações contra a ordem econômica e a livre concorrência, o Cade chegou a abrir inquérito sobre as negociações das vendas das refinarias.
A Petrobras assinou um termo de compromisso de cessão (TCC), que fixou medidas para evitar que um mesmo grupo econômico adquirisse ativos considerados potencialmente concorrentes, práticas antitruste, entre outras ilegalidades.
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Refinarias para incrementar a descarbonização das operações

A estatal sustentou ainda que essas negociações afetam a execução da política energética nacional e são obstáculos aos projetos do país para a transição energética, uma vez que o parque de refino poderá atender às demandas de produção de biocombustíveis, intensificadas pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Recuperação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A

A Petrobras também anunciou outra proposta ao Cade para a manutenção do controle social de 51% da subsidiária Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A (TBG). Também em 2019, a estatal havia assinado um TCC para a venda de ativos ligados ao mercado de gás natural. O argumento para justificar o pedido foi que não houve proposta que se adequasse ao "patamar mínimo da avaliação do ativo" e que a empresa planeja produzir mais gás natural na matriz energética brasileira, como fonte de energia mais limpa e menos poluente que os demais combustíveis fósseis.
Outro argumento da estatal é de que a subsidiária "rende dividendos de forma consistente e robusta, com baixíssima alavancagem financeira e baixo risco associado".
Os novos aditivos precisam ser analisados e aprovados pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo Tribunal do Cade.
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