"O pedido do promotor do TPI de mandados de prisão contra líderes israelenses é ultrajante. E deixe-me ser claro: independentemente do que esse promotor possa sugerir, não há equivalência entre Israel e o [grupo islâmico] Hamas. Sempre apoiaremos Israel contra ameaças a sua segurança", disse Biden em comunicado.
Nesta segunda-feira, Karim Khan, promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, Países Baixos, solicitou um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra em Gaza, onde mais de 35,4 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos por bombardeios desde outubro de 2023.
O pedido de prisão, além de Netanyahu, foi emitido para o ministro da Defesa israelense, Yoav Galant, e o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, também acusados de crimes de guerra.
No início deste mês, a Casa Branca declarou que o TPI não tem jurisdição sobre Israel e não apoiava a sua investigação. Nesta segunda, o secretário de Estado, Antony Blinken, reiterou a posição dos EUA ao rejeitar o pedido de detenção.
"Os Estados Unidos rejeitam fundamentalmente o anúncio de hoje [20] do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) de que está solicitando mandados de prisão para altos funcionários israelenses, juntamente com mandados de prisão para terroristas do Hamas. Rejeitamos a equivalência de Israel com o Hamas feita pelo promotor", disse Blinken em comunicado.
Na sua declaração, Blinken afirmou também que a decisão do TPI "não faz nada para ajudar" o conflito em Gaza e ameaça os esforços para alcançar um cessar-fogo que permitiria a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e a entrega de ajuda humanitária.