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Justiça determina que Avibras esclareça negociações sobre sua venda a grupo australiano

Em abril, foi noticiado na mídia que a Avibras Aeroespacial, principal fabricante de foguetes no Brasil, estava em negociações com a empresa australiana DefendTex, após entrar com pedido de recuperação judicial em 2022.
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No entanto, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a 2ª Vara Cível da Comarca de Jacareí do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a Avibras preste esclarecimento aos credores sobre as negociações envolvendo a venda da empresa ao grupo australiano.
A decisão do juiz Maurício Brisque Neiva, de 22 de maio, exige que a fabricante brasileira preste os esclarecimentos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), credores da empresa, sobre as "tratativas com a sociedade DefendTex".

"Como o BNDES só teve acesso à operação pela imprensa, é papel do banco criar transparência e mesmo grau de informação para todos os envolvidos. A Avibras tem o dever de dar a todos os credores habilitados no processo de recuperação judicial transparência, detalhando a operação com a DefendTex", afirmou Walter Baère, diretor jurídico do BNDES, citado pela mídia.

Em seu plano de recuperação judicial, a Avibras deve pagar todas as dívidas contraídas até 18 de março de 2022, data em que protocolou na Justiça o pedido de recuperação judicial. Na época, a empresa alegava uma dívida de R$ 600 milhões.
Atualmente, o montante da dívida é impreciso, mas dados do mercado financeiro o colocam acima de R$ 1,2 bilhão.
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'Não é fábrica de chocolate': por que estatizar a Avibras, pioneira na criação de foguetes e mísseis
Em entrevista à Sputnik Brasil, o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, avaliou a situação como "um capítulo triste e lamentável".
O episódio da Avibras é "apenas um reflexo das deficiências mais amplas do Brasil em matéria de defesa. [...] O país perdeu capacidade de tecnologia de defesa porque perdeu capacidade tecnológica e perdeu a capacidade de inovação em matéria de defesa porque […] perdeu capacidade de inovação em economia em geral", afirmou o ex-ministro à agência.
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