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Refém brasileiro é encontrado morto em Gaza; Lula lamenta morte: 'Seguiremos engajados'

Nesta sexta-feira (24), Israel confirmou que o corpo do único refém brasileiro do Hamas na Faixa de Gaza, Michel Nisembaum, de 59 anos, foi encontrado em Jabalia, uma cidade localizada no norte do enclave. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a triste notícia.
Sputnik
Nisembaum foi encontrado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) junto a mais dois corpos, de Hanan Yablonka e Orión Hernández, que tinham nacionalidade francesa e mexicana, respectivamente.
Morador de Israel há cerca de 35 anos, Nisembaum tinha dupla nacionalidade, israelense e brasileira. Ele nasceu em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e morava, antes de ser raptado, na cidade de Sderot.
Dentro do governo brasileiro, a informação foi recebida com tristeza e Lula, que encontrou com a família dele em dezembro, lamentou a morte e disse que "o Brasil continuará lutando, e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo [...]".
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores expressou tristeza e consternação com a morte de Nisembaum.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda tristeza e consternação, da morte do cidadão brasileiro Michel Nisembaum, que se encontrava na lista de sequestrados pelo Hamas desde os atos terroristas de 7 de outubro passado. Os atentados tiveram como saldo mais de 1.200 pessoas assassinadas em Israel e cerca de 250 tomadas como reféns. O Brasil reitera sua veemente condenação aos atos terroristas praticados pelo Hamas e volta a exortar pela libertação imediata de todos os reféns e por negociações que levem à cessação de hostilidades em Gaza. O governo brasileiro solidariza-se e manifesta sinceras condolências aos familiares e amigos de Michel Nisembaum, bem como ao povo de Israel", diz a nota.
Técnico de informática, Nisembaum tinha concluído pouco tempo antes do ataque em 7 de outubro uma certificação para trabalhar como guia turístico no país.
Ele foi capturado pelos combatentes quando saiu para buscar a neta de quatro anos em uma base militar na cidade de Reim, no sul do país, onde ela estava com o pai, um soldado do Exército israelense, segundo o jornal O Globo.
Seu último contato com a família foi com uma das duas filhas, por volta das 07h00 (horário de Brasília) do ataque. No entanto, uma segunda ligação foi atendida por uma pessoa falando em árabe e nunca mais houve contato com ele. Depois disso, seu notebook e celular foram encontrados e o carro foi visto carbonizado, relata a mídia.
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O brasileiro será enterrado no domingo (26). Nas redes sociais, os familiares afirmaram que ele será velado na cidade de Ascalão, perto do sul de Tel Aviv, onde a família dele mora.
Os reféns mortos estavam entre as 252 pessoas que foram feitas reféns pelo grupo palestino após o seu ataque no ano passado. Cerca de 130 ainda estão detidos em Gaza, diz Israel, de acordo com a BBC News.
O ataque deixou 1.200 israelenses mortos. A retaliação israelense já matou 35.800 palestinos, com mais de 70 mil feridos e dezenas de milhares sem casa.
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