Panorama internacional

Tiroteio que matou soldado egípcio foi iniciado por Israel e palestinos, diz fonte à Sputnik

O tiroteio próximo ao posto de controle de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, provocou a morte de um soldado do Exército egípcio nesta segunda-feira (27). Conforme uma fonte relatou à Sputnik, os tiros foram iniciados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) e por um grupo de palestinos.
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O porta-voz das Forças Armadas do Egito, Garib Abdel Hafez, informou que um militar do país morreu durante um tiroteio na área do posto de controle em Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. O caso é investigado pelas autoridades egípcias.

"A investigação preliminar do incidente de tiroteio na fronteira, no qual um soldado morreu, indica que o confronto começou entre as Forças de Defesa de Israel e membros da resistência palestina. Isso levou a disparos em várias direções, e as forças de segurança egípcias tomaram medidas para proteger e combater a fonte dos tiros", informou a fonte à Sputnik.

A fonte acrescentou que as autoridades do Cairo formaram comissões de investigação para esclarecer os detalhes do incidente, identificar os responsáveis e tomar as medidas necessárias para evitar que eventos assim se repitam.
A emissora estatal israelense Kan chegou a informar que um militar egípcio havia morrido durante um tiroteio com forças israelenses na área do posto de controle em Rafah. A assessoria de imprensa do Exército israelense se limitou a dizer que ocorreu um acidente na região.
Há cerca de três semanas, Israel assumiu o controle do lado palestino do posto em Rafah, através do qual a ajuda humanitária é enviada à população da Faixa de Gaza, que desde o início de outubro convive com a guerra promovida por Tel Aviv.
De acordo com autoridades palestinas, os confrontos já mataram 36 mil pessoas, além de deslocarem 1,7 milhão dos 2,3 milhões de cidadãos, e reduziram a maior parte do enclave a escombros inabitáveis.
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Ataque a campo de deslocados em Rafah

Depois de realizar um ataque que atingiu um campo onde viviam milhares de palestinos desabrigados pela guerra e provocou 35 mortes, Israel voltou a enfrentar ampla condenação internacional nesta segunda, segundo o Financial Times.
O procurador militar israelense descreveu os acontecimentos como "muito difíceis", acrescentando que Israel lamentou "qualquer dano a civis não envolvidos", já que o alvo era um "complexo do Hamas" na área.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros líderes europeus a se manifestarem publicamente em sua conta no X (anteriormente Twitter), dizendo estar "indignado com os ataques israelenses que mataram muitas pessoas deslocadas em Rafah", chamando a atenção para a necessidade de interromper as operações.
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O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, disse ao canal de televisão Sky TG24 que "o povo palestino está sendo espremido sem que sejam levados em conta os direitos de homens, mulheres e crianças inocentes que nada têm a ver com o Hamas".
Para além da Europa, as nações árabes, incluindo o Egito, o Catar e a Arábia Saudita, condenaram o ataque. Segundo o Catar, gestos como esse dificultam as tentativas de mediar um acordo para um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses ainda detidos pelo Hamas em Gaza. O Egito foi além e acusou Israel de "mirar civis desarmados", descrevendo o ataque como uma "violação flagrante" do direito humanitário internacional.
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