"A Rússia tem os sistemas de guerra eletrônica mais capazes do mundo, com os bloqueadores de GPS e radiofrequência mais potentes e com maior alcance de qualquer país", disse à Sputnik David T. Pyne, acadêmico da força-tarefa de pulso eletromagnético (EMP) e ex-oficial do Departamento de Defesa dos EUA.
Pyne disse que ficou impressionado com "a velocidade com que os bloqueadores de longo alcance russos foram capazes de se adaptar aos novos sistemas de armas dos EUA e da OTAN que foram introduzidos no conflito [da Ucrânia]".
Os sistemas de guerra eletrônica russos "provaram ser eficazes em causar que 90% dos sistemas de mísseis guiados e drones fornecidos pelos EUA à Ucrânia falhem seu alvo, acima de tudo os Himars", de acordo com o ex-oficial do Pentágono.
Pyne sugeriu que os bloqueadores de GPS russos "provavelmente se mostrarão cada vez mais eficazes contra os mísseis ATACMS de alcance estendido recentemente fornecidos".
Além disso, os sistemas de interferência russos "provavelmente se tornarão cada vez mais eficazes contra os sistemas de defesa antiaérea ucranianos fornecidos pelos EUA, incluindo mísseis [interceptadores] Patriot e Hawk, permitindo que a Rússia aumente sua superioridade aérea sobre a Ucrânia", algo que está contribuindo significativamente para a ofensiva em curso das tropas russas em várias áreas da linha da frente, enfatizou Pyne.
No início de maio, o The Washington Post relatou, citando comandantes ucranianos e um projeto de pesquisa militar ucraniano, que os sistemas de interferência do Exército russo afetaram a precisão de algumas das armas guiadas de precisão fornecidas pelos EUA, levando as forças ucranianas a parar de usá-las no campo de batalha.