Durante uma reunião nesta quinta-feira (30), Hajizadeh enfatizou que a operação iraniana Promessa Verdadeira foi uma consequência das ações criminosas de Tel Aviv, acrescentando que "se o objetivo de Israel era assassinar comandantes militares iranianos, poderia ter feito isso fora do consulado do Irã na Síria".
"O objetivo israelense era alcançar uma vitória estratégica para compensar a sua derrota em 7 de outubro", declarou o militar, citado pela agência Tasnim.
O comandante observou que a ação de Tel Aviv contra Teerã foi um "erro de cálculo, pois acreditavam que o Irã não responderia, esperando que as forças de resistência agissem em vez disso".
Ao mesmo tempo, o militar revelou que o governo de Benjamin Netanyahu enviou mensagens através do Egito para evitar uma resposta iraniana ao ataque à embaixada.
"Israel enviou mensagens através do ministro das Relações Exteriores do Egito [Sameh Hassan Shoukry] de que se comprometeria com a guerra em Gaza para evitar a retaliação do Irã", disse Hajizadeh.
Por fim, o comandante afirmou que na operação Promessa Verdadeira, 20% da capacidade militar da República Islâmica foi implantada.
"Os sistemas de defesa antimísseis de Israel não foram atacados porque estavam perto de grandes cidades, e se a guerra com Israel tivesse continuado, não demoraria muito para destruir Israel", acrescentou.
No dia 1º de abril, o Ministério da Defesa sírio relatou um ataque aéreo da Força Aérea israelense ao Consulado-Geral do Irã em Damasco, que matou pelo menos 11 pessoas. O número de mortos inclui sete oficiais do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã.
Em retaliação, Teerã atacou Israel com dezenas de drones no dia 13 de abril, através da operação Promessa Verdadeira.