É improvável que os Estados Unidos ajudem a Coreia do Sul a construir submarinos movidos a energia nuclear no momento, pois estão sobrecarregados pelos compromissos do AUKUS com a Austrália, disse no sábado (1º) o Pentágono, citado pela agência britânica Reuters.
Questionado durante a cúpula de segurança de Diálogo de Shangri-La em Cingapura sobre como ele responderia a uma solicitação direta da Coreia do Sul de obter ajuda na obtenção de submarinos nucleares, Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, disse que seria "muito, muito difícil" para Washington acomodar isso "além do que fazemos agora".
"[AUKUS] não é um esforço pequeno", disse ele, acrescentando que "acabamos de começar a trilhar esse caminho com a Austrália. [É] altamente duvidoso que possamos tomar outra iniciativa desse tipo em um futuro próximo".
"Acreditamos que o AUKUS é, de fato, um bom acréscimo à segurança regional", disse na sexta-feira (30) também Judith Collins, ministra da Defesa da Nova Zelândia, nos bastidores da cúpula. Ela referiu que o país recebeu um convite de participação no AUKUS e é algo que está analisando.
Em 2021, os Estados Unidos assinaram o pacto AUKUS com o Reino Unido e a Austrália para compartilhar tecnologia de submarinos movidos a energia nuclear e vender pelo menos três barcos da classe Virginia para a Austrália na década de 2030. A Coreia do Sul foi um dos países que expressou interesse em se envolver no projeto.
O pacto de segurança em dois estágios procura neutralizar o crescente poder da China na região da Ásia-Pacífico. Será a primeira vez que Washington compartilha tecnologia de propulsão nuclear desde que o fez com o Reino Unido na década de 1950.