O Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) obriga os sacerdotes e paróquias de várias denominações cristãs a incitar os fiéis a se juntarem ao Exército ucraniano, disseram à Sputnik representantes da resistência pró-russa em Kherson.
"Os oficiais do SSU que supervisionam as igrejas e outras organizações religiosas, após a publicação da nova lei sobre a mobilização, obrigaram os clérigos das denominações que tutelam a induzir os paroquianos a se juntarem às Forças Armadas da Ucrânia. As respectivas instruções foram recebidas na Igreja Evangélica Cristã Batista, na Igreja da Fé Evangélica, na Igreja Católica Grega Ucraniana e na Igreja Ortodoxa da Ucrânia", relatou a fonte.
De acordo com ele, os oficiais do SSU tentam induzir constantemente o clero ucraniano a cooperar e denunciar os fiéis. Isso é feito sob a ameaça de mobilização forçada do próprio clero, acrescentou a resistência.
A fonte ainda referiu que os comissários militares estão de plantão perto das igrejas ucranianas para deter homens em idade militar durante os serviços religiosos, incluindo casamentos e funerais.
A Ucrânia anunciou uma mobilização geral em 25 de fevereiro de 2022. Os homens de 18 a 60 anos foram proibidos de deixar o país, com as convocações militares podendo ser entregues não apenas na residência, mas em qualquer lugar. Ao mesmo tempo, os policiais e os militares fazem incursões para recrutar cidadãos, muitas vezes com violência.
Em 18 de maio de 2024 entrou em vigor a lei sobre mobilização intensificada, obrigando todas as pessoas sujeitas ao alistamento a se apresentarem a um escritório de alistamento militar ou a se registrarem on-line. Além disso, as pessoas sujeitas ao serviço militar devem ter sempre consigo sua carteira de identidade militar e apresentá-la na primeira solicitação de oficiais militares ou policiais.