Panorama internacional

Novas falas do Irã sobre armas nucleares são 'explosivas' ante caldeirão no Oriente Médio, diz mídia

Declarações recentes de atuais e antigos responsáveis ​​iranianos de que a sua doutrina nuclear oficial — que proíbe o desenvolvimento de uma bomba — poderia ser revista estão em foco na reunião da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) esta semana em Viena, escreve a Bloomberg.
Sputnik
Qualquer decisão de retirada do acordo internacional relativo às capacidades nucleares do Irã e de construção de uma arma poderia desencadear uma corrida armamentista regional e aumentar dramaticamente as tensões entre a república islâmica e o Ocidente, relata a mídia.

"Muitos países disseram que se o Irã obtiver armas nucleares, farão o mesmo. Adicionar armas nucleares ao caldeirão do Oriente Médio é uma péssima ideia", disse Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, citado pela agência.

No mês passado, um importante legislador e um antigo chanceler do Irã afirmaram à imprensa estatal que o país poderia mudar a sua posição em relação às armas nucleares se Israel atacasse a sua infraestrutura nuclear.
Os comentários foram feitos depois de Teerã e Tel Aviv quase terem entrado em guerra em abril.
Panorama internacional
Irã está determinado a continuar cooperando com a AIEA, declara chancelaria iraniana
Diplomatas estão ponderando se devem aprovar uma resolução de censura condenando o Irã pelas declarações e por supostamente bloquear uma investigação da AIEA sobre partículas de urânio detectadas em um local não declarado, mas Grossi ainda acredita que o diálogo seja possível.

"Falei com o ministro das Relações Exteriores em exercício há alguns dias e não tenho dúvidas de que o Irã continuará trabalhando com a AIEA", disse Grossi, referindo-se a uma conversa em 31 de maio com Ali Bagheri Kani, nomeado para liderar o Ministério das Relações Exteriores iraniano até que um novo governo seja formado.

Os Estados Unidos deram um ultimato à república islâmica na última reunião da AIEA: "Coopere ou enfrentará censura", o que poderia levar a um encaminhamento para o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). No entanto, foram os próprios EUA que se retiraram do acordo do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), em 2018.
O acordo garantia que o programa nuclear do Irã seria exclusivamente pacífico e estabelecia o calendário e as disposições para o cancelamento das sanções norte-americanas e europeias relacionadas ao país do Oriente Médio.
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