O tenente-coronel Stuart Crawford, que serviu no Real Regimento de Tanques, afirmou em uma publicação que a "vergonhosamente" pequena frota de tanques do Exército britânico duraria duas semanas em um confronto direto com a Rússia.
"Cento e quarenta e oito carros de combate principais poderiam durar cerca de quinze dias em combate intenso, se tivermos sorte, e depois não haverá substituição", escreveu Crawford em um artigo publicado no UK Defence Journal.
O oficial de alta patente aposentado detalhou que atualmente o Reino Unido planeja adquirir apenas 148 tanques Challenger 3, "um número vergonhosamente pequeno se considerarmos que durante a Guerra Fria, não faz muito tempo, o Real Corpo Blindado do Exército britânico poderia contar com cerca de 900 MBTs [carros de combate principais]", acrescentou.
O agora analista de defesa descreveu o novo Challenger 3, que entrará em serviço em 2030, como um "veículo decente", mas enfatizou que o número de unidades em construção é muito pequeno.
"Cento e quarenta e oito é mais ou menos suficiente para equipar dois regimentos blindados, além dos veículos de reserva e treinamento. É ridiculamente pequeno", acrescentou no artigo.
O ex-militar considerou que uma década de cortes deixou o Exército prejudicado, que agora requer "tratamento de emergência real". Diante dessa escassez de armamento no Reino Unido, ele disse: "Não é de surpreender que alguns altos comandantes americanos tenham dito que a Grã-Bretanha já não é uma potência militar de primeira ordem".