De acordo com o The Wall Street Journal, no terceiro dia de julgamento, o júri ouviu o depoimento de Zoe Kestan, uma ex-funcionária de um clube de striptease que teve um romance com o filho do presidente dos Estados Unidos após conhecê-lo em Manhattan, em 2017.
"Ela afirmou que, durante o relacionamento, o viu fumando crack, às vezes a cada 20 minutos, inclusive semanas antes de comprar a arma, e também o ajudou a comprar drogas em novembro do mesmo ano", escreveu a publicação.
Além disso, a ex-esposa de Hunter, Kathleen Buhle, cujo casamento durou entre 1993 e 2017, também testemunhou. Segundo Buhle, já em 2015 foi descoberto na casa em que viviam em Washington apetrechos para uso de drogas, e mais tarde o vício do ex-marido virou motivo de brigas familiares. A ex-esposa apontou ainda que Hunter admitia o uso de substâncias proibidas e a dependência delas.
Anteriormente, no julgamento contra o filho do presidente dos EUA, foram reveladas fotos de cocaína que Hunter Biden teria enviado aos traficantes, além de imagens do acusado seminu com um cachimbo. Entre setembro e novembro de 2018, Hunter ainda gastou US$ 150 mil (R$ 795 mil) e pagou pela arma em meados de outubro com dinheiro.
Hunter pode pegar até 25 anos de prisão
O filho do presidente democrata responde judicialmente por porte ilegal de arma de fogo, além de violações relacionadas ao crime. Segundo a acusação, Hunter usava drogas, o que o impedia de comprar o armamento, mas ele a adquiriu mesmo assim. Diante disso, ele pode pegar até 25 anos de prisão e ainda multa de US$ 750 mil (R$ 3,9 milhões), embora para infratores primários desses casos as sentenças de prisão não sejam aplicadas.
Enquanto isso, Hunter Biden também enfrentará um processo por sonegação de impostos no estado da Califórnia. Em ambos os casos, Biden declara que é inocente.