"O Ministério das Relações Exteriores recomenda aos colombianos que, por sua própria vontade, tenham decidido aceitar ofertas na Ucrânia que tenham em mente que a situação atual nesse país representa um risco de vida, mesmo para quem tem experiência militar", informou o governo colombiano em um comunicado.
Um dia antes, as Forças Armadas russas capturaram um mercenário colombiano que lutava ao lado das tropas ucranianas, segundo vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa russo.
O mercenário colombiano, identificado como Miguel Ángel Cárdenas Montilla, 33 anos, denunciou, durante interrogatório, que as autoridades ucranianas o recrutaram, mas o enganaram, prometendo que guardaria instalações na retaguarda.
"A Ucrânia mentiu para nós porque nos disseram que apenas cuidaríamos de nós mesmos, e acabamos levando um tiro", disse Cárdenas, que era policial em seu país de origem.
Segundo o colombiano, ele chegou à Ucrânia depois de ver anúncios no TikTok convidando mercenários para lutar contra o Exército russo. Cárdenas afirma que junto com outros nove colombianos recebeu treinamento militar na Ucrânia durante menos de uma semana, no qual lhes foi mostrado "como atirar, como lançar granadas e como avançar".
No final de 2023, o então ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que desde o início da operação militar especial haviam morrido, até aquela altura, mais de 5,8 mil combatentes estrangeiros, inclusive de países da OTAN: 1.427 da Polônia; 466 dos Estados Unidos; e 344 do Reino Unido.