Panorama internacional

Setor privado da Argentina defende aproximação com a Rússia apesar da política de Milei

O atual presidente argentino é pró-ocidental, mas "isso não significa que o setor privado" do país "não possa tomar e não possa ter independência do Executivo", de acordo com o presidente do Conselho Empresarial Argentina-Rússia.
Sputnik
O setor empresarial privado da Argentina continua interessado em manter relações bilaterais com a Rússia, apesar da situação política, disse o presidente do Conselho Empresarial Argentina-Rússia, Poli Cousiño, à Sputnik.
"Nosso atual presidente [Javier Milei], que foi eleito com total legitimidade, tem um alinhamento inegável com o Ocidente, mas isso não significa que o setor privado não possa tomar e não possa ter independência do Executivo. Temos total liberdade para trabalhar no setor privado e assinar acordos privados com todos os países do mundo. A Rússia é um deles, porque o comércio com a Rússia é muito interessante para a Argentina", afirmou Poli Cousiño.
"O interesse permanece intacto, há 140 anos de amizade entre os dois países", reiterou ele durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPEIF, na sigla em inglês).
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Segundo ele, foram firmados "alguns acordos de cooperação", com projetos de compra de medicamentos e insulina da Rússia, mas também vodka, e particularmente fertilizantes russos.
"Também no que se refere à biotecnologia, medicina, colaboração em medicina, e sempre digo que é muito importante aproveitar a experiência em hidrocarbonetos da Federação da Rússia em termos de tecnologia, serviços e tudo o que tem a ver com nossos novos projetos de hidrocarbonetos", acrescentou o presidente do Conselho Empresarial Argentina-Rússia.
Já a Argentina poderia preencher as lacunas deixadas no mercado russo pelas empresas que deixaram o país.
"Nós, por exemplo, podemos substituir as importações anteriores da Rússia no setor de vinhos, que geralmente importavam muito da França, no setor de queijos, no setor de laticínios. Somos produtores, e muito respeitados nessas áreas de alimentos. Poderíamos substituir os mercados que se afastaram e os países que se afastaram da Rússia", disse Cousiño.
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