A conclusão acontece, uma vez que a Alemanha tem enfrentado problemas com a sua soberania desde o fim da Segunda Guerra Mundial, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
"A Alemanha sempre teve grandes problemas depois da Segunda Guerra Mundial em termos de déficit de soberania e independência. E no quadro deste déficit, claro, as autoridades alemãs estão correndo contra o relógio: têm de agradar Bruxelas, o 'comitê' de Washington, e [o secretário-geral da OTAN, Jens] Stoltenberg na Aliança Atlântica", afirmou Peskov em entrevista ao jornalista Pavel Zarubin.
É por isso que a "posição deles é tão complicada", acrescentou o porta-voz, terminando sua resposta com uma pergunta: "Consegue os imaginar se desmoronando [entre Bruxelas, OTAN e Washington]?", indagou.
Apesar de seguir as políticas da União Europeia e dos Estados Unidos, Berlim tem sido mais cautelosa em alguns assuntos ligados ao conflito na Ucrânia.
Por exemplo, o Estado alemão foi mais reticente no que diz respeito à apreensão de ativos congelados russos, e também não endossou a declaração do presidente Francês, Emmanuel Macron, de que, no futuro, tropas da OTAN deveriam estar em território ucraniano.
No entanto, por conta da pressão, no fim acaba cedendo, como foi o caso ao autorizar, no dia 31 de maio, que Kiev atacasse território russo com armas ocidentais, conforme noticiado.