"Esta é uma noite extremamente difícil para nós. Perdemos esta eleição. Este não é o resultado que esperávamos. Assumo a responsabilidade por isso. Vou me concentrar nos assuntos atuais até que meu sucessor seja nomeado. Estou confiante de que precisamos de um novo governo o mais rapidamente possível", afirmou em uma coletiva de imprensa.
Dividido em três regiões e três comunidades linguísticas (francês, holandês e o alemão), que não se sobrepõe, a Bélgica passou neste domingo (9) por eleições tanto para o Parlamento Europeu — assim como em diversos países da Europa —, como também disputas para as assembleias nacionais e regionais.
Em todas as esferas, o partido do primeiro-ministro sofreu derrotas nas eleições para as assembleias legislativas a nível federal e para o parlamento regional de Flandres, em um contexto de fortalecimento do conservador Interesse Flamengo (Vlaams Belang, no original).
No Parlamento ferderal, o Open VLD manteve apenas 8 dos 12 assentos que possuía desde a eleição passada. Em termos regionais, no parlamento de Flanders, os liberais perderam seis cadeiras.
A Bélgica é mercada por uma política externa de apoio a chefe da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, e pela defesa de relações estreitas com os Estados Unidos e o fortalecimento da OTAN.
O país recebeu recentemente Vladimir Zelensky, prometendo apoio e transferir 30 caças F-16 para a Ucrânia. De Croo também apoiou abertamente a transferência dos ativos congelados da Rússia, dos quais a maioria estão em contas belgas, para Kiev.
Líder do Vlaams Belang, Tom van Grieken, afirmou: "a Bélgica é o passado, Flandres é o futuro". O político é conhecido por sua defesa da separação de Flandres, região mais rica da Bélgica, do resto do país.
Segundo o líder do atual governo belga, Tom Ongena, o partido não pretende formar uma coligação com a próxima gestão e se tornará de oposição. "Penso que os eleitores deixaram claro que querem políticas diferentes."