Os investimentos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O ministro da Educação, Camilo Santana, detalhou a alocação dos recursos: R$ 3,17 bilhões para a consolidação de estruturas, R$ 600 milhões em expansão e R$ 1,75 bilhão em hospitais universitários.
"A consolidação prevê investimento em salas de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas, refeitórios, moradias e centros de convivência", explicou Santana. Os recursos contemplarão 223 novas obras, além de 20 em andamento e 95 retomadas.
A expansão das universidades incluirá a criação de dez novos campi, localizados em São Gabriel da Cachoeira (AM), Cidade Ocidental (GO), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).
No setor da saúde, 37 obras serão realizadas em 31 hospitais universitários, com a construção de oito novos hospitais nas universidades federais de Pelotas (RS), Juiz de Fora (MG), Acre (AC), Roraima (RR), Rio de Janeiro (RJ), Lavras (MG), São Paulo (SP) e Cariri (CE).
Além dos R$ 5,5 bilhões, Camilo Santana anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das universidades (R$ 279,2 milhões) e dos institutos federais (R$ 120,7 milhões). Com a recomposição, o orçamento das universidades em 2024 será de R$ 6,38 bilhões e o dos institutos federais será de R$ 2,72 bilhões.
As lideranças sindicais têm reivindicado reajuste para reduzir a defasagem salarial dos professores e servidores, avaliada em 22,71% pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
As greves, iniciadas em abril, também reivindicam reestruturação de carreira e recomposição orçamentária, além da revogação de normas dos governos anteriores.
Lula, que possui trajetória como líder sindical, afirmou que ninguém será punido por participar da greve. O presidente foi eleito para seu terceiro mandato com um discurso de valorização do ensino público.