Um sarcófago de 16 toneladas contendo tesouros foi encontrado no mausoléu do primeiro imperador da China, relatou na sexta-feira (7) o portal Arkeonews.
Qin Shi Huang (259–210 a.C.) foi o primeiro imperador da China. Sua tumba é o maior mausoléu do mundo, cobrindo 57 quilômetros quadrados, e grande parte dela ainda não foi escavada por medo de danos causados por atividades sísmicas, elementos e saqueadores.
Arqueólogos chineses durante trabalhos de escavação para preservar guerreiro de terracota, em Xian, província de Shaanxi. China, 9 de junho de 2012
© AFP 2023
O líder conseguiu muitos feitos durante sua vida, mas seu objetivo final era derrotar a morte. Para isso, ele construiu uma enorme cidade subterrânea, com 6 mil guerreiros de terracota de tamanho natural, armaduras e armas guardando o monarca. O Exército era composto por soldados de pé, cavalos, carruagens e todo o equipamento necessário para o combate.
Agora, um grupo de arqueólogos encontrou, em uma das tumbas, um enorme caixão de 16 toneladas contendo tesouros que poderiam pertencer a um dos filhos do imperador ou a um guerreiro de alto escalão.
"O caixão [encontrado] foi descoberto contendo depósitos muito ricos de parafernália funerária, incluindo armas, armaduras, jade, um par de camelos de ouro e prata, utensílios de cozinha e 6 mil moedas de bronze", escreve a mídia.
Qin Shi Huang, primeiro imperador da China (259–210 a.C.)
© Foto / Domínio público
Segundo Sima Qian, um historiador antigo, após a morte de Qin Shi Huang, seu filho mais novo Hu Hai assumiu o trono após matar todos os seus concorrentes. O príncipe Gao disse a seu irmão que se arrependia por não ter seguido seu pai de bom grado para a vida após a morte e pediu para ser morto e enterrado no grande mausoléu. Hu Hai concordou de boa vontade.
"Após o primeiro imperador ter morrido, todos os seus filhos tiveram um fim ruim, então ainda estou mais inclinado a acreditar que esta tumba pertence a um nobre de alto escalão ou a um chefe do Exército", diz Jiang Wenxiao, chefe da escavação.
Por quase 2 mil anos, a lenda do príncipe Gao foi transmitida de geração em geração por meio da saga épica de Sima Qian, escrita por volta de 85 a.C., algo que esta descoberta pode agora confirmar.