"O Poder Judiciário prorroga por 14 meses o período de prisão preventiva contra Pedro Castillo Terrones, acusado do crime de rebelião e de outros", informou o tribunal em sua conta na plataforma X.
A prorrogação, pedida pelo Ministério Público, será contada de 7 de junho deste ano até 6 de agosto de 2025. Ele está preso desde dezembro de 2022, após tentar manter um governo de emergência ao anunciar a tomada do Congresso, do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal Constitucional.
Em decorrência desse fato, o Congresso peruano o destituiu e o Ministério Público abriu investigação por supostos crimes de rebelião e abuso de autoridade, entre outras acusações.
O ex-presidente também tem investigações abertas por suspeitas de atos de corrupção, pelos quais também cumpre prisão preventiva.
Desde que Castillo assumiu a presidência, em julho de 2021, depois de vencer um segundo turno apertado contra Keiko Fujimori, o presidente viveu sob o cerco do Congresso e da Procuradoria-Geral do Peru.
Com sua saída, a vice-presidente da República, Dina Boluarte, assumiu a presidência e também vem enfrentando ações e processos por parte do Congresso e da Procuradoria.
Em maio, a Procuradoria-Geral do Peru apresentou queixa constitucional contra Boluarte por suposto esquema de corrupção envolvendo o uso de relógios de luxo. Em novembro de 2023, o procurador-geral também apresentou uma queixa contra a presidente pela forma violenta como lidou com a agitação social após a destituição do seu antecessor.