"A Argentina vai fazer tudo o que a lei indica que deve fazer, e se isso significa passar informação, fará isso. Se efetivamente houver na Argentina criminosos no sentido que você menciona, o caminho legal correspondente será seguido", declarou Adorni em entrevista à CNN Brasil.
A Polícia Federal (PF) informou que identificou 47 brasileiros foragidos por terem sido condenados ou investigados por participação em atos criminosos no dia 8 de janeiro de 2023 e deve enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de extradição dessas pessoas.
A Comissão Nacional de Refugiados da Argentina (Conare) é o órgão responsável pela concessão de asilos políticos e conta com representantes dos ministérios do Interior, das Relações Exteriores e de outras pastas governamentais.
Na última sexta-feira (7), o diretor-geral da PF Andrei Passos Rodrigues informou que pediria ao governo argentino a extradição de brasileiros condenados na operação Lesa Pátria, que investiga os atos do 8 de Janeiro, que se encontram no país vizinho.
Uma lei promulgada em 2019, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, pode abrir brecha para pedidos de asilo político. Segundo as investigações da PF, pelo menos 65 pessoas cruzaram a fronteira com o país vizinho.
Pouco após a declaração do diretor-geral da PF, a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, disse que o governo argentino não tem informações sobre brasileiros fugitivos do 8 de Janeiro requerendo asilo no país, e acusou o governo do Brasil de "propaganda".
Na última quinta-feira (30) foi deflagrada uma megaoperação para capturar 208 condenados ou investigados pela invasão e depredação das sedes dos três Poderes. No fim da noite, um balanço divulgado contabilizou 49 prisões em 18 estados e no Distrito Federal e indicava que 159 ainda eram procurados.