Panorama internacional

Mesmo com sanções, Europa negocia para manter fluxo do gasoduto Rússia-Ucrânia, diz mídia dos EUA

As autoridades europeias estão em negociações para manter o fluxo de gás através do importante gasoduto Rússia-Ucrânia. A Europa tentou "se livrar" do envio russo, mas vários Estados do Leste Europeu continuam a receber o combustível.
Sputnik
O acordo que cobre esse intercâmbio de trânsito de gás expira no final deste ano, e com o conflito ucraniano em curso, a maioria dos observadores do mercado espera que o fluxo finalmente pare.
No entanto, funcionários do governo europeu e de empresas estão conversando com seus homólogos na Ucrânia sobre como manter o fluxo de gás no próximo ano, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, ouvidas sob condição de anonimato pela Bloomberg.
Ao mesmo tempo, uma opção que tem sido discutida é companhias europeias comprarem e injetarem gás do Azerbaijão em gasodutos russos com destino à Europa, segundo algumas fontes.
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Um plano para utilizar gás do Azerbaijão poderia, em teoria, beneficiar a Rússia se fosse estabelecido como uma troca que permitisse a Moscou enviar o seu gás para outro lugar, analisa a mídia.
A ideia de swaps não é estranha aos mercados de petróleo e gás e é utilizada quando não é possível entregar fisicamente o combustível de um local para outro.
As negociações estão na fase inicial, e as pessoas familiarizadas com o assunto esperam decisões apenas no final deste ano, quando o prazo de expiração — e o início do inverno europeu — aumentarem a pressão.
A Rússia ainda envia cerca de 15 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a Europa, principalmente para a Eslováquia e a Áustria, onde Moscou ainda é um fornecedor dominante.
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Na Áustria, o gás russo cobriu mais de 80% do consumo austríaco durante cinco meses consecutivos. A Europa também importa gás natural liquefeito (GNL) russo por navio e, apesar dos frequentes debates sobre se deveria fazê-lo, nunca sancionou o gás russo.
A Comissão Europeia, braço Executivo da União Europeia, acredita que o bloco pode resistir ao fim do trânsito russo através da Ucrânia sem qualquer grande risco de segurança, mas alguns Estados-membros estão menos otimistas e temem uma repetição da crise energética, escreve a mídia.
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