Nesta terça-feira (11), o ministro da Defesa Boris Pistorius revelou o apoio durante uma visita conjunta com Vladimir Zelensky a uma instalação militar em Sanitz, no norte da Alemanha, onde soldados ucranianos estão treinando para operar o sistema de defesa aérea Patriot, relata a Bloomberg.
O pacote alemão inclui armas manuais, como rifles de precisão, armas antitanque e componentes de munição de artilharia solicitados por Kiev.
Mais cedo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, também confirmou o envio dos Patriot junto a canhões antiaéreos autopropulsados Gepard e um sistema de defesa aérea IRIS-T, disse o líder em comentários divulgados pelo gabinete presidencial da Ucrânia, citados pela Newsweek.
A mídia informa que, com o ritmo lento das entregas de defesa aérea dos aliados ocidentais, a frustração de Kiev tem sido evidente.
Em comentários incisivos postados por Zelensky em abril, ele afirmou que os Patriot "só podem ser chamados de sistemas de defesa aérea se funcionarem e salvarem vidas, em vez de ficarem imóveis em algum lugar em bases de armazenamento", relembrou a revista norte-americana.
Ainda nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, disse em Berlim que o governo de Roma também está preparando outro pacote militar para Kiev, que incluirá um sistema de defesa SAMP/T.
A Rússia já enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por meio do Ministério das Relações Exteriores russo, na qual advertia que qualquer carregamento de armas destinadas à Ucrânia se tornará alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
Berlim rejeita bloqueio de exportações de armas para Israel
Um tribunal na capital alemã rejeitou nesta terça-feira (11) um pedido urgente de vários residentes palestinos da Faixa de Gaza para impedir o governo de aprovar licenças para exportar armas alemãs para Israel, alegando que elas poderiam ser usadas em violação do direito humanitário.
Os palestinos foram apoiados por várias organizações, incluindo o Centro Europeu de Apoio Jurídico (ELSC, na sigla em inglês), a Lei para a Palestina e o Instituto Palestino para a Diplomacia Pública, afirma a Reuters.
Os órgãos argumentaram que havia razões para acreditar que tais violações estavam acontecendo na guerra de Israel contra o Hamas no enclave palestino.
Os grupos disseram que a decisão era incompreensível, acrescentando que o governo manteve em segredo os pedidos pendentes de exportação de armas, tornando impossível conhecê-los antecipadamente.
No ano passado, a Alemanha aprovou exportações de armas para Israel no valor de 326 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão), dez vezes mais do que em 2022. Mas o volume de aprovações caiu para cerca de 10 milhões de euros (R$ 57,5 milhões) no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ministério da Economia alemão, citados pela mídia.