Ontem (12) a Polícia Federal (PF) realizou ações da operação que investiga membros do antigo PROS, que no ano passado foi incorporado ao Solidariedade, por desvios de recursos do fundo partidário nas eleições de 2022. O valor chega a R$ 36 milhões, informa a corporação.
Caso esteja no exterior, Eurípedes Júnior poderá ser preso com a inclusão de seu nome na lista da Interpol. As investigações apontam que o presidente do Solidariedade desembolsou para contas pessoais e de parentes o dinheiro das contas do PROS quando foi destituído do cargo.
"A investigação sobressaltou que as viagens com destino a Miami e Orlando costumam possuir escalas prolongadas no Panamá, considerado paraíso fiscal, denotando, a esse respeito, a necessidade de maior profundidade no alcance das provas", diz o inquérito.
Ainda segundo a PF, Eurípedes Júnior furtou equipamentos avaliados em mais de R$ 15 milhões, dez veículos, um helicóptero, aparelhos de ar-condicionado, computadores, um sistema de energia solar e diversos móveis pertencentes ao PROS.
Batizada de Fundo do Poço, a operação cumpriu sete mandados de prisão preventiva e outros 46 de busca e apreensão em São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Paraná. O presidente do Solidariedade, que assumiu o cargo após a incorporação do PROS pela sigla, é o principal alvo.
Até o momento, três pessoas foram presas: Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital; Sandro do PROS, que foi candidato em 2022; e Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Os investigados respondem por apropriação indébita, organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro, furto qualificado e apropriação de recursos eleitorais.
Em nota, o Solidariedade afirmou que esses são fatos ocorridos antes da incorporação do PROS pela sigla. O partido está avaliando a situação e ainda não tem uma posição definitiva sobre os acontecimentos.