Panorama internacional

Venezuela chama presidente da Guiana de 'Zelensky do Caribe' diante de 'ânimo belicista' na região

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, alertou nesta sexta-feira (14) sobre a ameaça representada para a paz na região diante do ânimo belicista do presidente da Guiana, Irfaan Ali, a quem considerou uma versão caribenha do ucraniano Vladimir Zelensky.
Sputnik

"A Venezuela repudia o ânimo belicista de Irfaan Ali, que se ergue como o Zelensky do Caribe ao ameaçar a tranquilidade e a paz de nossa região para agradar a seus mestres norte-americanos e à ExxonMobil", afirmou nas redes sociais.

A declaração da vice-presidente venezuelana é dada após o lançamento pelo governo da Guiana do navio-patrulha "GDFS Shahoud". Na ocasião, Ali também anunciou um aumento no orçamento militar do país para a compra de barcos e aviões com o apoio de seus parceiros internacionais.
Conforme o presidente do país, o principal objetivo é salvaguardar a soberania e a integridade territorial, incluindo a região de Essequibo, em disputa entre as duas nações caribenhas.
Diante disso, a Venezuela reiterou na última terça (11) o apelo à Guiana para dialogar e alcançar um acordo "efetivo" entre as partes sobre a controvérsia territorial na região.
O pronunciamento foi feito pelo representante permanente da Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU), Samuel Moncada, após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) convocar uma reunião para discutir os próximos passos do processo movido pela Guiana.
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Exploração de petróleo por empresa norte-americana

As tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram depois que a Guiana recebeu ofertas por 8 dos 14 blocos petrolíferos que foram licitados em dezembro de 2022, incluindo a empresa ExxonMobil.
Para a Venezuela, a situação foi gerada por uma conspiração dos Estados Unidos com a ExxonMobil para privar o país de seus direitos sobre o território.
Há mais de 100 anos, Venezuela e Guiana mantêm uma disputa sobre a soberania de Essequibo, que tem cerca de 160 mil quilômetros quadrados e possui grandes reservas de petróleo. Além disso, a região corresponde a quase dois terços do território da Guiana.
Em 1966, os países assinaram um acordo para buscar uma solução pacífica para a disputa, mas a Guiana entrou em 2018 com uma ação na Corte Internacional de Justiça na qual solicita ao tribunal validar um laudo arbitral de 1899 que lhe dá controle absoluto sobre o território.
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