Os planos da OTAN para estabelecer novas bases na Polônia, Romênia e Eslováquia não se tornarão realidade em breve, disse o observador político Mateusz Piskorski à Sputnik.
A criação de novas bases militares em geral leva tempo e requer infraestrutura adequada, observou o colunista do jornal Mysl Polska.
"Acho que isto se aplica, em primeiro lugar, à Polônia e à Romênia, por que, de fato, nestes dois países já existe uma certa infraestrutura, e talvez alguns representantes da OTAN, falcões [da guerra] da OTAN, acreditam que a infraestrutura existente é insuficiente para a transferência de armas e a criação de centros de treinamento", afirmou Piskorski.
O premiê húngaro, Viktor Orbán, havia expressado anteriormente preocupações de que a OTAN esteja planejando estabelecer três grandes bases militares nos três países acima mencionados. Ele também enfatizou que a Hungria, que faz fronteira com a Ucrânia, não participaria dessa atividade.
No que diz respeito à Polônia, ela tem operado um importante centro logístico de ajuda ocidental à Ucrânia quase desde o início do conflito, apontou Mateusz Piskorski.
"Muito provavelmente, estamos falando da possível agregação da infraestrutura adicional às bases militares existentes", observou Piskorski.
A maioria da população polonesa, na opinião de Piskorski, pode ser "bastante cética sobre quaisquer tentativas de escalar o conflito, e certamente sobre as tentativas de envolver a Polônia em algum tipo de atividades diretamente no território da Ucrânia".