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Suspeito de desviar R$ 36 milhões do partido, presidente do Solidariedade se entrega à PF

Eurípedes Gomes Júnior estava foragido há três dias. Ele é investigado por desvios de verba que teriam iniciado em 2019 e continuado até o ano passado.
Sputnik
O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal (PF), no início da tarde deste sábado (15), em Brasília, após três dias foragido. Ele é alvo de uma investigação da PF que apura suspeitas de desvio de verba nas eleições de 2022 dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS, que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado.
As investigações tiveram início após o ex-presidente do PROS Marcus Vinicius Chaves de Holanda fazer uma denúncia contra Eurípedes Junior, acusando-o de desviar pelo menos R$ 36 milhões do partido. Segundo a PF, os desvios de verba começaram em 2019 e continuaram até o ano passado.
Na quarta-feira (12), a PF cumpriu sete mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Foram apreendidos R$ 26 mil em espécie e um helicóptero comprado por Eurípedes em 2015, no valor de R$ 2,5 milhões, orçado em R$ 5 milhões em valores atualizados. A PF aponta que a aeronave foi adquirida com a verba desviada.
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Na ocasião, Eurípedes não foi encontrado em casa pelos agentes. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto. Ele foi incluído pela PF na lista vermelha de difusão da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Segundo a PF, Eurípedes permanecerá sob custódia até que seja liberado o ingresso no sistema penitenciário.
Em nota divulgada neste sábado, o Solidariedade informou que o vice-presidente do partido, Paulo Pereira da Silva, assumiu a presidência, após Eurípedes solicitar licença por prazo indeterminado.
"Essa solicitação é compatível com o estatuto partidário, dessa maneira, a secretaria geral do Solidariedade tomará todas as providências necessárias e cabíveis para o seu imediato atendimento, tendo em vista a regular continuidade do exercício da direção partidária", diz a nota.
A legenda não comentou na nota as investigações sobre desvio de verba nem a prisão de Eurípedes Junior.
Em nota, a defesa de Eurípedes afirmou que ele se apresentou à PF, "voluntariamente, para permitir o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor" e que provará sua inocência.
"Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva", diz a nota.
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