Prestes a atingir quase US$ 2 trilhões (cerca de R$ 11 trilhões) este ano, o aumento do déficit dos EUA foi impulsionado pelos novos compromissos para financiar Ucrânia e Israel, segundo o CBO.
A organização afirmou que "a dívida pública aumentará de 99% do PIB neste ano para 122% em 2034, superando o recorde anterior de 106% do PIB", em uma atualização das suas perspectivas orçamentárias e econômicas. Além disso, a entidade prevê um déficit fiscal de US$ 1,9 trilhões (R$ 11 trilhões) para 2024, enquanto estima um crescimento econômico dos EUA de 2% para este ano.
A principal razão para o aumento foi a legislação que destina US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e países da região do Indo-Pacífico. Nos próximos 10 anos, espera-se que essa legislação adicione um total de US$ 900 bilhões (R$ 11 bilhões) aos gastos do governo.
Citando informações do Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos, o jornal Financial Times alertou que o déficit total deve alcançar uma média de 5,5% do PIB até 2030, cerca de dois pontos percentuais acima da média após 1940.
Ainda segundo o CBO, até o final da década, a relação entre a dívida e o PIB do país norte-americano superará os 106% do período pós-Segunda Guerra Mundial, continuando a aumentar. Além disso, estima-se que os pagamentos líquidos de juros, que atualmente estão em torno de 3% do PIB, continuarão a crescer.
A dívida nacional total dos EUA, de acordo com o Sistema de Reserva Federal dos EUA (FED, na sigla em inglês), totalizou 124,3% do PIB no final do ano passado, ultrapassando US$ 34 trilhões (R$ 182 trilhões).
O percentual não está longe do máximo de 130,6% do PIB do primeiro trimestre de 2021, enquanto o valor absoluto é o mais alto de todos os tempos.