"Uma foto, publicada pela própria unidade [Azov] parece sugerir que os EUA estavam fornecendo apoio já desde dezembro do ano passado," afirma o artigo.
A foto em questão foi publicada nas redes sociais e mostra um comandante da Azov com certificado datado de dezembro de 2023 para treinamento militar sob o Comando de Operações Especiais dos EUA na Europa. Ao lado dele, há uma pessoa vestida com trajes militares americanos e o rosto oculto.
Outra imagem mostra indivíduos em uniformes militares segurando uma bandeira dos EUA ao lado de pessoas com uma bandeira do emblema da Azov. As fotos colocam em dúvida a veracidade de que a proibição algum dia existiu.
Ex-funcionários dos EUA também expressaram dúvidas sobre a decisão do Departamento de Estado, dada a complexa reorganização e o status oficial da unidade, diz a matéria.
Na semana passada, o Washington Post relatou que os EUA suspenderam o embargo de armas ao Azov. De acordo com a mídia, a unidade "passou pelo escrutínio da [Lei] Leahy", que proíbe a prestação de assistência militar dos EUA a unidades estrangeiras condenadas por graves violações dos direitos humanos.
O Departamento de Estado afirmou que não encontrou "evidências" de tais violações não esclareceu quando a proibição foi suspensa ou se os militantes da Azov receberam armas dos EUA.
Os EUA haviam proibido a ajuda à Azov devido a sua ideologia neonazista. No entanto, no ano passado, o Washington Post citou uma fonte do Departamento de Estado admitindo que a proibição não teve efeito prático.
O congressista Paul Gosar mencionou que a restrição foi diluída após membros da Azov serem integrados às Forças Armadas e à Guarda Nacional da Ucrânia, formando unidades armadas separadas com seu envolvimento.
O Azov é uma das unidades militares mais notórias do Exército ucraniano, havendo evidências de que os seus soldados praticam tortura, abuso de civis, neonazismo e brutalidade excessiva, desde a sua fundação, contra minorias étnicas e oponentes políticos, intimidando ucranianos de língua russa, e cometendo vários crimes de guerra.
O Supremo Tribunal da Rússia designou a Azov como uma organização terrorista e proibiu suas atividades. Especialistas concluíram que a ideologia da Azov inclui "racismo biológico extremo", planos para a segregação legal de outras raças, e a rejeição à democracia, moralidade e direito internacional.