O novo governo liderado pelo primeiro-ministro Robert Fico deu uma guinada política acentuada depois de assumir o poder em outubro de 2023 e suspender o fornecimento militar à Ucrânia, embora tenha permitido a continuação do fornecimento comercial.
A doação do sistema de defesa aérea expôs o espaço aéreo eslovaco e colocou os cidadãos em perigo, disse Igor Melicher, secretário de Estado do Ministério da Defesa e membro do partido no poder, Smer-SD.
"Estou convencido de que Nad traiu a Eslováquia. O Ministério da Defesa apresenta queixa-crime por suspeita de prática do crime de sabotagem, ou traição, abuso de poder e descumprimento de deveres fiduciários", disse Melicher em um briefing, citado pela Reuters.
Na semana passada, já havia sido ventilado que um processo judicial seria aberto contra Jaroslav Nad devido à sua decisão, de março de 2023, de transferir para a Ucrânia 13 caças MiG-29 no valor de mais de € 500 milhões (R$ 2,87 bilhões), conforme noticiado.
Nad rejeitou qualquer irregularidade e disse que tomaria a mesma decisão novamente, mas não houve nenhum comentário novo imediato do ex-ministro na sexta-feira (20).
Um dos argumentos utilizados por Melicher é que o ex-governo administrou o país enquanto estava na qualidade de zelador e, portanto, tinha autoridade limitada para tomar decisões de política externa.
As alegações são um sintoma da cena política eslovaca altamente polarizada, onde Fico acusou repetidamente os seus antecessores de prosseguirem processos criminais contra o seu partido quando ele estava na oposição.
O país deverá receber caças F-16 encomendados anteriormente para substituir os MiG.