Uma fábrica no Texas, que supostamente custou US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) para ser construída, está orientada para impulsionar os ganhos financeiros dos fomentadores da guerra dos EUA.
O conflito por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia tem um apetite ávido por munições e corroeu as reservas dos EUA e da União Europeia (UE), obtendo resultados medíocres na zona de conflito. O Pentágono espera que as instalações da General Dynamics em Mesquite, Texas, ajudem a saciar este desejo por munições.
As fábricas norte-americanas em Scranton e Wilkes-Barre, na Pensilvânia, produzem juntas cerca de 36.000 projéteis de 155 mm por mês. Gerenciada pela General Dynamics Ordnance and Tactical Systems, a nova instalação da Universal Artillery Projectile Lines, repleta de maquinário de última geração, pode produzir 30.000 unidades por mês para Kiev.
Captura de tela da linha de produção para fabricação de projéteis de 155 milímetros nas instalações da General Dynamics em Mesquite, Texas
© Foto / Desiree Rios/The New York Times
A fábrica foi financiada por meio de contas de gastos suplementares dos anos fiscais de 2022 e 2023 e possui três linhas de produção. Seu equipamento inovador permite a fabricação de diversos projéteis e granadas de morteiros na mesma linha. As cápsulas vazias feitas em Mesquite serão enviadas para uma fábrica em Burlington, Iowa, para enchimento. A meta é produzir uma quantia mensal de 100.000 até o final de 2025.
Os Estados Unidos e os países europeus enviaram dezenas de bilhões em equipamento militar sofisticado para a Ucrânia, esvaziando os seus próprios arsenais de armas e munições críticas. Nenhum dos equipamentos caros dos quais os contribuintes foram privados ajudou Kiev, ao passo que o governo ainda liderado por Vladimir Zelensky — cujo mandato presidencial está vencido — acumula enormes perdas de pessoal militar face aos ganhos consistentes dos militares russos.
Entretanto, os fabricantes de armas norte-americanos têm desfrutado de uma bonança de lucros, alimentada pela máquina "bem azeitada" do lobby no Congresso dos EUA.