Os EUA não serão capazes de ajudar Israel a se defender contra "uma guerra mais ampla com o Hezbollah", disse no domingo (23), o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Charles Q. Brown Jr.
Em sua opinião, uma ofensiva militar israelense de larga escala no Líbano correria o risco de desencadear uma guerra mais ampla, que implicaria uma forte resposta iraniana em defesa do Hezbollah.
O Irã, disse o general, "estaria mais inclinado a apoiar o Hezbollah", caso sentisse que o grupo militante libanês estava "sendo significativamente ameaçado." Uma escalada de tal nível poderia colocar as forças dos EUA na região em perigo, acrescentou Brown.
Segundo o general estadunidense, Washington está envolvido em conversas com líderes israelenses em uma tentativa de avisá-los das consequências de um conflito mais alargado. A principal mensagem dos EUA é "pensar sobre o efeito de segunda ordem de qualquer tipo de operação no Líbano, como isso pode se desenrolar e como isso impacta não apenas a região, mas como impacta nossas forças em outras regiões também".
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, teria levantado preocupações semelhantes em uma conversa telefônica recente com seu homólogo israelense Yoav Gallant.