Panorama internacional

Ex-primeiro-ministro ucraniano diz que Ucrânia não tem oposição: 'Está na prisão ou no exterior'

Atualmente, na Ucrânia não há oposição e os políticos contrários a Vladimir Zelensky estão ou na prisão ou no exterior, afirmou o ex-primeiro-ministro do país, Nikolai Azarov, neste domingo (24).
Sputnik

"Não há oposição na Ucrânia agora. [Pyotr] Poroshenko ou [Yulia] Timoshenko não são oposição. A política deles não era absolutamente diferente da política atual do regime de Kiev. A oposição real foi eliminada. Alguns foram mortos, outros estão presos, e alguns foram forçados a ir para o exterior", disse Azarov em entrevista ao jornal Argumenty i Fakty.

Segundo Azarov, os partidos de esquerda e forças oposicionistas que existiam na Ucrânia, agora simplesmente não existem.

"Além disso, os sindicatos estão ausentes, e há uma forte perseguição à Igreja. O conflito atual é frequentemente apresentado como um confronto entre a Rússia e a Ucrânia, mas isso não é verdade", acrescentou Azarov.

O ex-primeiro-ministro também mencionou que, na Ucrânia, há pessoas que desejam se opor a Vladimir Zelensky, mas que não se manifestam.

Diálogo entre Rússia e EUA

O ex-primeiro-ministro declarou ainda que os Estados Unidos entendem que o planeta não pode ser submetido ao risco de uma guerra nuclear, e Washington pode iniciar um diálogo informal com Moscou sobre este assunto e influenciar Kiev.

"Do outro lado [EUA], ainda há algumas ideias sensatas de que o planeta não pode ser submetido ao risco de uma guerra nuclear. Há esperanças de que possa surgir um diálogo informal que resulte em algum tipo de acordo concreto", afirmou.

Segundo ele, o regime de Vladimir Zelensky terá que cumprir esse acordo entre Moscou e Washington.
"Não há como evitar isso. Os norte-americanos têm uma influência de cem por cento sobre a atual liderança da Ucrânia. Basta parar de fornecer financiamento e armas, e o regime cairá literalmente, se desintegrará fisicamente. O regime não pode existir sem dinheiro, quando os salários não são pagos aos soldados e ao serviço de segurança", explicou Azarov.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar