O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado, abrange as cidades mais afetadas pelo fogo, permitindo medidas emergenciais sem licitações e autorizando bombeiros a entrarem em residências para prestar socorro.
Até o momento, mais de 600 mil hectares foram consumidos pelo fogo no bioma, superando os recordes de devastação de 2020 no mesmo período.
Segundo dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), até este domingo (23) a área queimada chegou a 627 mil hectares, com 480 mil hectares em MS e 148 mil hectares em Mato Grosso (MT).
As imagens de uma "muralha de fogo" em Corumbá (MS), registradas durante uma festa de São João, viralizaram nas redes sociais.
O decreto autoriza uma resposta rápida do poder público nos municípios afetados no bioma pantaneiro. As cidades sul-mato-grossenses mais atingidas, como Corumbá, Ladário, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso, devem solicitar sua inclusão no decreto para receberem apoio imediato.
A medida é válida por 180 dias, permitindo a mobilização de todos os órgãos estaduais sob a coordenação da Defesa Civil, para ações de resposta ao desastre, à reabilitação do cenário e à reconstrução.
Além disso, o governo federal anunciou o envio de mais recursos para combater as chamas. Três aeronaves do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e quatro aeronaves de grande porte do Exército serão enviadas, juntamente com 50 homens da Força Nacional. Duas aeronaves Air Tractor já operam em Corumbá.