No encontro, o chanceler agradeceu ao homólogo belarusso, Sergei Aleinik, pelas condolências expressas em relação ao atentado ocorrido no domingo (23) e mencionou outro ataque com vítimas na república do Daguestão. Ele assegurou que as autoridades trabalham para identificar responsáveis e mandantes.
Lavrov não hesitou em atribuir a responsabilidade dos ataques aos americanos e a Kiev, afirmando que as armas fornecidas por Washington ao regime ucraniano foram utilizadas no ataque.
Segundo ele, tais armamentos não poderiam ter sido ser utilizados sem envolvimento direto estadunidense, o que inclui o uso de suas capacidades de satélite.
Ainda na reunião, o ministro russo ressaltou a importância de preservar a memória histórica, destacando a contínua ameaça terrorista em ambos os países e a necessidade de recordar a Grande Guerra Patriótica, período que marcou a Segunda Guerra Mundial.
Lavrov criticou tentativas de reescrever a história, igualando o vencedor ao agressor, além da destruição de monumentos e a glorificação de criminosos nazistas — ele se referiu à cúpula sobre a Ucrânia na Suíça, na qual o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, proferiu slogans nazistas sem que nenhum dos presentes, incluindo os anfitriões "neutros", o repreendessem.
Por fim, Lavrov elogiou a cooperação entre Rússia e Belarus, que atingiu níveis sem precedentes nos últimos anos.
Esta é a terceira viagem de Lavrov a Minsk e o sexto encontro entre os dois ministros neste ano. Novos encontros estão previstos para os próximos meses.