O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou "contrarrestrições" ao acesso do território da Federação da Rússia a dezenas de veículos de imprensa dos Estados-membros da União Europeia "que divulgam sistematicamente informações imprecisas sobre o curso da operação militar especial".
"A Federação da Rússia advertiu repetidamente em vários níveis que o assédio politicamente motivado de jornalistas nacionais e as proibições injustificadas da mídia russa no espaço da UE não ficarão sem resposta. Apesar disso, Bruxelas e as capitais dos países do bloco optaram por seguir o caminho da escalada, forçando Moscou a adotar contramedidas espelhadas e proporcionais com mais uma proibição ilegítima", apontou o ministério.
Assim, diz, um total de 81 veículos de imprensa baseados na União Europeia ou com filiais no bloco ficam agora restringidos na Rússia.
A chancelaria russa detalhou que se trata de uma medida de retaliação à decisão adotada pelo Conselho da União Europeia em 17 de maio de proibir "qualquer atividade de transmissão" da agência Sputnik e dos jornais Izvestia e Rossiyskaya Gazeta russos, que entra em vigor nesta terça-feira (25).
"A responsabilidade por esse desenvolvimento recai exclusivamente sobre a liderança da União Europeia e dos países do bloco que apoiaram essa decisão."
Se as restrições à mídia russa forem suspensas, Moscou também reconsiderará sua decisão em relação aos operadores de mídia em questão, sublinha o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.